Escassez de craques no futebol interno de Mato Grosso
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Foto: Olhar Direto |
Esse déficit a qual me referi, é sobre a formação de
craques, onde já abordei em outro artigo, sobre a forma como os clubes trabalham
ou tratam os nossos diamantes em processo de lapidação. Quem viu o atacante Fernando
atuando em sua melhor fase de 2008 até 2015, que até então, foi a grata
revelação que encheu os nossos olhos de satisfação, por um simples detalhe,
fazia gol por música, também ele foi único diferente que vi nessas ultimas
décadas. Claro que tivemos também, goleiros, zagueiros, meias, alas que despontaram, mas
aqui nesse artigo me refiro a jogadores diferenciados.
Diferenciado. Quando refiro a palavra de sinônimos flexíveis,
conforme a colocação da primeira ou terceira pessoa, seja plural ou singular,
enfim, ser diferente, jogar desigual, fazer o inalterado em campo. Esses diferentes
estão longe daqui, em outros estados, em divisões inferiores do futebol
paulista ou gaúcho, mas pela visibilidade que é a primeira divisão do nosso
futebol, eles acabam vindo pra cá, sem tomar o devido conhecimento de como é o clube
que vai defender.
Nosso futebol está carente de craques. Hoje tomei o
conhecimento que o novato clube, que desponta no estadual desse ano, o Nova
Mutum, na tentativa de dar continuidade na boa fase da competição, e contratou
o volante Willian, ex-Flamengo e outros clubes brasileiros e exterior, e ele está
apto para jogar pelo time do Vale do Teles Pires. Enquanto eles contratam, nos
aqui continuamos a ver o prata da casa se limitarem no futebol amador. Acabar
nada, lá estão sendo valorizados devidamente, até por que, os salários que
alguns clubes profissionais pagam, não superam o free lance que o amadorismo
proporciona aos atletas.
Agora, voltando atrás, lá na época do Fernando meia atacante,
vamos retroceder mais alguns dez anos, e relembrar que por aqui, tivemos um
Fernando Vila Nova, Diogo, Zumbi, Saci, Odil, Bibil, Jair, Moreno, Marciano
e desculpe os outros que aqui faltam citar por esquecimento, mas faço a todos
dessa época minha moção honrosa a esses craques.
Podem até questionar, mas nesse tempo não havia o Cuiabá,
nosso futebol era última divisão no brasileiro, não tínhamos calendário, era só
Copa do Brasil, Mato-grossense e Brasileiro (Série C), e a TV não transmitia. Eu
sou do rádio, sou testemunha, que em jogos clássicos, o Verdão ainda recebia uma
gama de 3 mil torcedores, no estádio Dutrinha, nossa que saudades, se tornava
um verdadeiro caldeirão. Bom, vejo que apesar da emissora que transmite ao vivo
os jogos na Arena Pantanal via televisão, o numero de torcedores é 30% do total que citei lá atrás.
Números influenciam para que nossos craques não sejam
destacados, fico triste por não surgir um outro igual a Fernando no nosso
futebol. Até por que, os artilheiros nos últimos 3 anos, não encerram o
campeonato com mais de dez gols. Isso aqui não é opinião minha, mas um desejo
de todos que acreditamos num futebol mais atraente e com craques próprios.
Culpa dos próprios times que são incompetentes, sem gestão e sem planejamento.
ResponderEliminarObrigado por expor sua opinião, embora concordo que precisam ser revistos a forma de valorizar os atletas locais
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